Floriano Peixoto

Nasceu: 30 de abril de 1839 | Faleceu: 29 de junho de 1895

Floriano Peixoto foi um militar e político brasileiro, primeiro vice-presidente e segundo presidente do Brasil, cujo governo abrange a maior parte do período da história brasileira conhecido como República da Espada.

Ele nasceu em Maceió, Alagoas, em 30 de abril de 1839 e ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro em 1858.

Ele participou da Guerra do Paraguai e foi promovido a marechal em 18902. Ele assumiu a presidência do Brasil em 23 de novembro de 1891, após a renúncia de Deodoro da Fonseca, e enfrentou diversas rebeliões durante seu mandato, que terminou em 15 de novembro de 1894.

Ele ficou conhecido como o “Marechal de Ferro” por sua postura autoritária e firmeza na defesa da República23. Ele morreu em Barra Mansa, Rio de Janeiro, em 29 de junho de 1895.

Floriano Peixoto e sua família

Floriano Peixoto
Floriano Peixoto

Ele se casou em 1872 com Josina Peixoto, com quem teve oito filhos. Ele era filho de Manuel Vieira de Araújo Peixoto e Joaquina de Albuquerque Peixoto, e foi criado pelo tio e padrinho, coronel José Vieira de Araújo Peixoto.

Segue os nomes de seus filhos:

  • Ana Peixoto;
  • José Peixoto;
  • Floriano Peixoto Júnior;
  • Maria Peixoto;
  • João Peixoto;
  • Manuel Peixoto;
  • Antônio Peixoto;
  • Pedro Peixoto;

Eles nasceram entre 1874 e 1890.

Vida militar

Floriano Peixoto teve uma longa e intensa carreira militar, que culminou com a presidência da República.

Ele começou sua trajetória no Exército em 1857, quando se alistou, e em 1861 se formou na Escola Militar do Rio de Janeiro. Logo depois, ele foi enviado para o Rio Grande do Sul, onde serviu em Bagé.

Em 1865, ele partiu para a Guerra do Paraguai, um dos conflitos mais importantes da história do Brasil. Lá, ele se destacou como comandante do 1º Batalhão de Voluntários da Pátria e participou de várias batalhas memoráveis, como Tuiuti, Itororó, Lomas Valentinas e Cerro Corá.

Por sua bravura e heroísmo, ele recebeu diversas medalhas e honrarias, além de ser promovido a tenente-coronel.

Quando a guerra terminou, em 1870, ele voltou ao Rio de Janeiro e concluiu seus estudos em ciências físicas e matemáticas.

Depois disso, ele serviu em diferentes regiões do país, como Amazonas, Alagoas e Pernambuco.

Em 1883, ele foi promovido a brigadeiro e em 1884 assumiu a presidência da província de Mato Grosso, cargo que ocupou por um ano.

Em 1889, ele foi investido no comando da 2ª Brigada do Exército e nomeado ajudante-general-de-campo, o segundo posto depois de ministro da Guerra.

Nesse mesmo ano, ele apoiou a Proclamação da República e se recusou a obedecer à ordem do visconde de Ouro Preto, que queria reprimir os rebeldes republicanos.

Em 1890, ele substituiu Benjamin Constant na pasta da Guerra e foi eleito vice-presidente da República em 1891.

Em novembro desse ano, ele assumiu a presidência da República após a renúncia de Deodoro da Fonseca.

Seu governo foi marcado por várias rebeliões e crises políticas, que ele enfrentou com firmeza e autoridade. Por isso, ele ficou conhecido como o Marechal de Ferro e o Consolidador da República.

Em 1890, ele foi promovido a marechal, o maior posto do Exército Brasileiro.

Testamento de Floriano Peixoto

Testamento político de Floriano Peixoto

“Aos meus filhos e aos meus amigos.

Não tenho fortuna a deixar-vos. O que vos deixo é o exemplo de um homem que viveu para a sua pátria e para o seu dever.

A pátria é a família amplificada. E a família é o berço da pátria.

Amai a vossa pátria como eu a amei. Servi-a como eu a servi. Não ambicionei honras nem recompensas. Só quis o seu bem e a sua grandeza.

O dever é a lei suprema da vida. Cumpri-o sempre, sem vacilar, sem temer. O dever é o freio dos maus e o estímulo dos bons.

Sede honestos, sede virtuosos, sede patriotas.

A honestidade é a base de todas as virtudes. Sem ela não há dignidade possível.

A virtude é o hábito do bem. É a força moral que nos sustenta nas provas da vida.

O patriotismo é o amor da pátria. É o sentimento que nos une a todos os nossos compatriotas, sem distinção de raça, de classe ou de partido.

A pátria não é só o solo onde nascemos. É a terra dos nossos pais, dos nossos filhos e dos nossos netos. É a herança dos que morreram por ela e o patrimônio dos que vivem para ela.

A pátria não é um símbolo, uma bandeira, um hino. É uma realidade viva, atuante, fecunda. É a comunhão dos interesses, dos ideais e dos esforços de todos os brasileiros.

A pátria não é uma abstração, uma ficção, uma utopia. É uma realidade histórica, política e social. É a nação organizada em Estado soberano e livre.

A pátria não é uma quimera, uma fantasia, uma ilusão. É uma realidade concreta, palpável, visível. É o território que nos pertence, que defendemos e que cultivamos.

A pátria não é um mito, uma lenda, uma superstição. É uma realidade racional, científica, lógica. É a expressão da nossa personalidade coletiva, da nossa cultura e da nossa civilização.

Amai a vossa pátria como eu a amei. Servi-a como eu a servi.

Não vos deixeis seduzir por falsos brilhos nem por falsas doutrinas. Não vos deixeis corromper por interesses mesquinhos nem por paixões baixas. Não vos deixeis dominar por ambições desmedidas nem por ódios cegos.

Sede fiéis à vossa consciência e à vossa honra.
Sede leais à vossa bandeira e à vossa constituição.
Sede dignos da vossa história e da vossa tradição.
Sede grandes na virtude e na glória.
Sede brasileiros no pensamento e na ação”

Fontes:

  • Biografia de Floriano Peixoto – eBiografia
  • Floriano Peixoto – Wikipédia, a enciclopédia livre
  • Fatos históricos sobre o Governo de Floriano Peixoto (1891-1894)
  • Floriano Peixoto – Toda Matéria
  • Floriano Peixoto – Só História
  • Governo Floriano Peixoto: contexto, rebeliões, fim – Brasil Escola