O Regime Militar no Brasil: Desvendando a real história

O Regime Militar no Brasil Desvendando a real história
O Regime Militar no Brasil: Desvendando a real história

Neste artigo, você entenderá de uma vez por todas o que foi o Regime Militar, também chamado de Ditadura Militar, ou também de Golpe de 64.

O contexto da nação brasileira antes de 1964

Antes de entrarmos de forma direta no assunto de hoje, precisamos contextualizar um pouco sobre como era o Brasil há 60 anos atrás.

Poucos discursos atuais apontam para isto, mas o fato é que o Brasil estava à beira de uma guerra civil por conta de duas figuras: Jânio Quadros e João Goulart.

JÂNIO QUADROS

Jânio Quadros
Foto: Ricardo Westin/Agência Senado

Jânio Quadros, que governou o Brasil por apenas 7 meses o nosso país, fez muito sucesso com o seu discurso “varre, varre vassourinha”, que tinha por objetivo combater a corrupção.

Entretanto, Jânio cometeu alguns erros tremendos, como:

  • A reaproximação da União Soviética.
  • Mantinha o seu vice-presidente na China para alimentar estreitas relações geopolíticas.
  • A tentativa de fechar o congresso através de uma aliança fracassada com um influente jornalista e político da época chamado Carlos Lacerda
  • Condecorou com a medalha Ordem do Cruzeiro do Sul um famoso guerrilheiro assassino e covarde, chamado Che Guevara.

Carlos Lacerda, ao ouvir de Jânio que a sua intenção era fechar o congresso, ofereceu a Jânio duas alternativas: ou ele pedia a renúncia ou ele seria denunciado.

Jânio escolheu a primeira opção, pois acreditava que o povo sairia às ruas para defendê-lo e também que o congresso não aceitaria o seu pedido.

Mas a renúncia foi aceita no dia seguinte à sua solicitação e nenhum brasileiro saiu às ruas para se manifestar.

O povo notou que todo o sistema político da época estava muito instável e isso gerou insegurança nos demais cidadãos. Por esse motivo, o campo estava sendo preparado para 64.

JANGO (JOÃO GOULART)

Ex-Presidente João Goulart | Foto: Autor não identificado

Jango assumiu a presidência do Brasil após a renúncia de Jânio Quadros. O então presidente alimentava um relacionamento muito próximo com o Ditador Comunista Mao Tsé Tung, além de manter ligações com as ditaduras da América Latina.

Suas ideias eram insustentáveis, radicais e muito intervencionistas. Nessa época, o Brasil chegou a ter uma inflação de 100% ao ano e a situação era desastrosa. Um verdadeiro caos.

A resposta de Goulart para tudo isso era que o povo deveria pressionar o Congresso. Logo, aliou-se a grupos da extrema esquerda.

Como a KGB estava infiltrada dentro do Brasil juntamente com a STB (serviço de inteligência da antiga Tchecoslováquia), as tensões só aumentaram.

As propostas de Jango para o Brasil eram:

Reescrita da Constituição

Drásticas modificações nas políticas do país.

Reformas de base, que eram, basicamente, medidas que envolviam a desapropriação de terras, a estatização das refinarias, entre outros.

Finalmente, o Golpe de 64

Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 1964 | Foto: CPDoc JB / Jornal do Brasil

O regime militar de 1964 foi apenas uma resposta contra as guerrilhas existentes em nosso país naquela época. Documentos que continham dados que poderiam desmascarar toda essa situação foram parar nas mãos de João Goulart após um acidente aéreo através de um servidor público cubano.

Desgraçadamente, Jango devolveu os documentos diretamente da onde eles tinham saído: das mãos de Fidel Castro.

Finalmente, como forma de manifestar-se contra a ameaça comunista, o povo brasileiro protagonizou o maior movimento público espontâneo até então.

Brasileiros saíram às ruas com a única finalidade de dizer NÃO à ideologia comunista. Nos cartazes, podia ler que o comunismo não era uma opção desejada pelos cidadãos.

Eram mais de 500.000 brasileiros nas ruas de São Paulo em um movimento que tinha como nome “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Tudo isso ocorreu no dia 19 de março.

Inclusive, as grandes emissoras da época, como a Globo, a Rádio Jornal do Brasil e a Rádio Tupi se uniram para declarar que o comunismo estava ameaçando o Brasil de fato. Enfim, o povo estava clamando por uma intervenção militar.

Militares assumem o poder!

Presidente General Castelo Branco | Foto: Autor não identificado

Diante de uma das piores crises do Brasil, onde ouviam-se rumores de mortes e desejos de fuzilamento, uma inflação descontrolada e uma indisciplina muito grande nas organizações militares, parecia que estava prestes a estourar uma grande guerra civil.

Por esse motivo, as forças armadas fizeram o que deviam ter feito e cumpriram a sua missão de restabelecer a ordem diante de todo o caos vivido na época.

Quando as forças militares estavam se movimentando, o então presidente Jango se encontrava no Rio de Janeiro. Logo fugiu para Brasília e depois para porto alegre. Nesse ínterim, se encontrou com Brizola, que o animava para o enfrentamento, mas Jango se acovardou pois sabia que haveria um derramamento de sangue.

Durante o voo de João Goulart de Brasília até Porto Alegre, o então presidente do Congresso Nacional declarou a vacância do cargo de presidência.

Isso porque, na constituição de 46, havia a necessidade do impedimento do presidente caso ele se ausentasse da nação sem realizar antes um comunicado com a sede do governo.

Os militares obtiveram um grande apoio da Igreja Católica, da sociedade, da OAB e da imprensa.